Como garantir uma alimentação saudável às crianças

A família tem um papel importante no crescimento e desenvolvimento da criança. A alimentação saudável nas crianças é inteiramente a responsabilidade dos pais.

A educação alimentar das crianças requere tempo, atenção, paciência e persistência. Deve-se evitar produtos industrializados cheios de sal, açúcar e gorduras que podem trazer doenças como obesidade, diabetes, hipertensão e cancro mais precocemente.

A alimentação infantil merece uma atenção especial primeiro porque as crianças estão em fase de crescimento e precisam de nutrientes essenciais para crescerem de forma saudável, e depois porque é a chance que os pais têm para criar hábitos saudáveis de alimentação.

As diferentes fases da alimentação da criança

As crianças passam por diferentes fases, com mudanças no comportamento alimentar, e compete aos pais a orientação em cada fase.

Dos 0 aos 2 anos – nos primeiros 6 meses de vida e aconselhado o aleitamento materno exclusivo. Após este período, e altura da introdução de outros alimentos na dieta, que devem ser de introdução lenta aumentando gradualmente a quantidade, variedade, e a espessura dos alimentos.

Dos 2 aos 5 anos – evitar o consumo de alimentos muito açucarados e salgados, estimulando o consumo de frutas, cereais, leguminosas, tubérculos e carne de forma equilibrada ajustando as necessidades nutricionais de cada criança.

A partir dos 6 anos – e fundamental o controle de alimentos excessivamente calóricos, pois nesta fase nota-se um aumento do apetite da criança, tornando-se importante a persistência de alimentos saudáveis e evitar os alimentos processados.

Como sei que tipo de alimentos dar ao meu filho?

A quantidade de alimentos que devem ser ingeridos diariamente depende fundamentalmente da idade, do sexo e grau de actividade física desenvolvida na vida diária.

As proteínas ajudam no crescimento, regeneração dos ossos, músculos, cicatrização, e fornecem calor e energia ao organismo. Existem proteínas animais como as carnes, peixe, aves, ovos e lacticínios, e existem as proteínas vegetais como o feijão, cereais, pão e batata.

Os carbohidratos têm a função de dar energia ao organismo para desempenhar actividades físicas.
Dependendo da actividade física da criança, estes podem ser balanceados na dieta.

Os lípidos são fonte de energia concentrada com a função de isolar os órgãos proteger fisicamente e contra a alteração de temperaturas. Fazem o transporte das vitaminas para despertar o apetite e são encontrados no peixe, frango, gema do ovo e derivados do leite.

Nutrientes que não podem faltar

O cálcio é importante para o crescimento ósseo e controle da pressão arterial. Está presente no leite e seus derivados, em sementes de abobora, girassol e gergelim, e espinafre.

O ferro melhora a capacidade de aprendizagem da criança e aumenta a resistência a infecções. Encontra-se nas carnes, vegetais verde-escuro, e em leguminosas como o feijão.

O zinco aumenta a imunidade e melhora o desenvolvimento cerebral, capacidade de concentração e memória e pode ser encontrado nas carnes como o fígado, frango, peru e nas oleaginosas como amendoim e castanhas.

As vitaminas C, D e do complexo B encontradas nas frutas, cereais e frutos do mar, garantem o bom funcionamento do corpo, diminuem o aparecimento de doenças como diabetes e aumentam a capacidade de concentração nas crianças.

Erros a evitar durante a alimentação da criança

Alguns comportamentos que devem ser evitados, de forma a criar bons hábitos alimentares nas crianças são:

• Obrigar a que a criança coma mais do que pode
• Premiar um bom comportamento com guloseimas e outros alimentos calóricos
• Castigar a criança sem comida por apresentar um comportamento desfavorável
• Permitir o consumo diário de doces, bolos, refrigerantes
• Fazer com frequência refeições de restaurantes ou take aways
• Não deixar que as crianças saltem refeições, organizando uma rotina alimentar constante