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Suicídio – como podemos ajudar a prevenir

01/09/2020

O suicídio esta entre as principais causa de morte no mundo, matando uma pessoa a cada 40 segundos. Saiba como identificar de forma antecipada os sinais.

Os pensamentos suicidas são frequentes em pessoas com algum problema psicológico que não foi identificado ou tratado. Eles resultam da interacção de várias causas associadas, entre elas a mais comum é a depressão severa.

Suicídio – como podemos ajudar a prevenir

Maior parte das vezes, as pessoas que pretendem cometer suicídio avisam que vão se matar, dependendo apenas da pessoa que recebe a informação, intervir o mais rápido possível e da melhor maneira. Todas as ameaças de suicídio devem ser encaradas com seriedade mesmo quando aparentam ser falsas ou manipuladas.

O comportamento suicida, este dividido em pensamento suicida, tentativa de suicídio, e suicídio. A tentativa de suicídio na maior parte das vezes repete-se. A verdade é que, o suicida não quer morrer e sim parar de sofrer. É preciso saber transmitir esperança, sem dar falsas garantias, e não fazer promessas que não possam ser cumpridas.

A maior parte dos indivíduos que se suicidam são do sexo masculino, e adolescentes. Moçambique apresenta uma das maiores percentagens de suicídio nos países africanos.

Sinais de alerta

Os sinais de alerta não podem ser considerados isoladamente, tem que haver uma avaliação do comportamento no geral. Infelizmente não existe uma forma correcta de identificar os sinais, mas um individuo em sofrimento pode dar alguns sinais que chamam a atenção das pessoas mais próximas.

Preocupação com a morte, ou falta de esperança - As pessoas com comportamento suicida podem falar sobre a morte e suicídio mais do que o normal, e confessam sentirem-se sem esperança, com a falta de auto-estima e sem uma visão positiva da sua vida futura.

Expressão ou ideias de intenções suicidas - Algumas expressões podem indicar que o individuo mostra vontade de acabar com a sua vida como: ”Eu preferia estar morto”, ”Eu não posso fazer nada”, “Eu não aguento mais”, “Eu sou um perdedor e um peso para os outros”, ou “Outros vão ser mais felizes sem mim”, “Vou desaparecer”, “Vou deixar vocês em paz”, “Eu queria poder dormir e nunca mais acordar”, “É inútil fazer alguma coisa para mudar”, “Eu só quero me matar”.

Isolamento - As pessoas podem se isolar, não atendendo telefonemas, ficam em casa fechadas, participam menos nas redes sociais. Tem uma tendência em reduzir ou cancelar todas as actividades sociais, principalmente aquelas que faziam normalmente e que gostavam de fazer.

Situações vulneráveis ao suicídio

Algumas situações específicas na sociedade com a perda de emprego, crises políticas e económicas, descriminação por orientação sexual ou de género, agressões psicológicas/físicas, sofrimento no trabalho, diminuição ou ausência de autocuidado, conflitos familiares, perda de um ente querido, doenças crónicas dolorosas ou incapacitantes, podem ser mais difíceis de ultrapassar, causando vulnerabilidade, e devem ser levados em consideração se o individuo apresentar outros sinais de alerta.

Como pode ajudar uma pessoa sob o risco de suicídio

Repare nos sinais – não interprete os sinais como se não fosse nada. Quando alguém muda de comportamento, ou entra em isolamento, ou fala em se suicidar, precisa urgentemente de atenção.

Ouça com atenção – Fale menos e escute mais, não julgue a pessoa e evite dar conselhos rápidos para acalmar a angústia como dizer ´isso não é nada´, ´logo vai passar´, ´não é a melhor solução´.

Incentive a procura de profissionais – de emergência ou a curto prazo, ofereça-se para acompanhar a um profissional de saúde ou a alguém de confiança.

Não a deixe sozinha – se acha que a pessoa esta em perigo imediato, não a deixe sozinha. Se a pessoa vive consigo, corte o acesso a meios para provocar a própria morte (insecticidas, medicamentos, arma de fogo, etc.).



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